quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Dois anos mais tarde...


31 de Janeiro de 06, postei:
Se o meu sorriso mostrasse o fundo da minha alma, muitas pessoas ao verem-me sorrir, chorariam comigo.

Se naquele tempo eu soubesse como ficaria o fundo da minha alma… teria sorrido de verdade, sem me julgar triste. Agora sim, o meu sorriso corrompe as verdades do meu rosto. Agora sim, a tristeza é tudo o que se avizinha.
Mas este texto não o vou dedicar a essa tristeza infernal que se apoderou de cada milímetro do meu corpo, que me roubou cada pensamento e afastou de mim cada pessoa.
Hoje, dois anos depois, estou aqui para falar de ti…

Vejo-te como um amigo muito querido que entrou na minha vida porque eu quis, quando eu quis. És a caixinha dos meus segredos, quem recebe as minhas palavras como presentes, sempre que me proponho a partilhá-las.
És tu que dás ao mundo a possibilidade de saber que existo. És quem não me condena. És quem me ouve sempre e quem, mesmo quando não me sinto capaz de divulgar o que sinto, guarda em rascunhos os meus piores pensamentos.
Desde que existes na minha vida, mudaste de aspecto, mudaste de nome, mudaste de ideias. Recebeste os melhores comentários, as piores criticas, alguns pensamentos e insultos idiotas que também fazem parte.
A questão é que, com o tempo, deixei de pensar em ti como algo que eu tinha feito e comecei a pensar-te como pedaço do meu mundo.
Confiei-te mais do que alguém pode perceber ao ler-te. Pus a minha alma guardada em cada texto, não direi o coração! Esse dei-o a alguém mais real…
Hoje, é o teu aniversário! Hoje fazes dois anos e hoje és muito mais maduro porque cresceste comigo.
Hoje estou aqui, não como pessoa que te escreve ou que te criou mas como a apaixonada que olha para o diário como o amigo mais querido que alguma vez teve. E estou aqui para te dizer que és o quartinho dos fundos, onde me escondo quando sinto que não tenho onde ir.
E agradeço-te por tudo. Afinal, quem não pode ver o fundo da minha alma nos meus sorrisos, pode sempre procurá-lo em cada palavra que te entrego… e assim chorar comigo!

Marina Ferraz
*Imagem retirada da Internet

domingo, 13 de janeiro de 2008

Não sei


Os meus olhos têm o brilho das estrelas quando penso em ti. Porque tu és a derradeira viagem que quero fazer. Quero viver-te como te sonho…
E quando olho para ti, os meus olhos são espelhos do meu coração e o meu coração é um espectro sem fim onde nasce o arco-íris e se perde a imensidão de tudo o que está para além de nós.
Não sei como pudeste não notar nos meus olhos as palavras que me eram proibidas…
Não sei como pudeste julgar que o meu olhar era somente o olhar de quem não vê.
Era preciso que a morte me tomasse para que o brilho destes olhos se desvanecesse… porque tu estás e quando não estás imagino-te a cada momento, tomo-te a cada respiração apenas para te sentir em mim.
O meu olhar é teu. Amo-te mais que tudo mas, num instante inócuo, compreendo que não me compreendes. Não insisto mais! Não o viste no meu olhar, não o ouviste dos meus lábios, não o verás nas minhas palavras ou nos meus textos.
E eu não te vou viver mas sonhar-te-ei sempre porque, nesta vida, quando tudo o resto acaba, resta a certeza de que, ao menos os sonhos, ninguém nos pode roubar.

Marina Ferraz
*Imagem retirada da Internet

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Enleio da derradeira noite...















Adormeci em terrores que não tenho por já não sentir forças para sentir medo do que quer que seja. Os meus olhos cerraram, como se nada desejassem abarcar e os lábios arroxeados proferiram o teu nome…
Adormeci com o sabor da recordação do teu beijo nos meus lábios, com a ilusão de que ao dormir te sonharia…
E o teu nome ecoou na minha mente e fez com que sorrisse pela derradeira vez antes de adormecer… O teu nome rimava com amor e com saudade e, aos meus ouvidos que quase já não podiam ouvir, o teu nome dizia “boa noite”.
Adormeci com a calma das folhas de Primavera que, cedo demais, por vezes, o vento arranca, leva e arrasta até ao rio para seguirem a derradeira viagem.
Adormeci com um sorriso nos lábios, o sorriso que o teu nome sempre cravou no meu rosto e que o teu olhar sempre trouxe à minha alma.
Adormeci preparada para dormir, ter sonhos, pesadelos ou não ver mais nada.
Adormeci sabendo que adormecia contigo nos meus lábios e no meu coração.
Adormeci pela última vez… já não existia medo, já não havia dor, já não importava porque, simplesmente, já não estavas na minha vida.



Marina Ferraz

*Imagem retirada da Internet

domingo, 6 de janeiro de 2008

Acredito em ti...

Dediquei quase todos os meus textos ao amor mas a amizade nada é senão um tipo muito especial de amor… O único amor – disse alguém – que nunca morre.
Por isso este é para ti e tu sabes quem és. Porque és mais do que achas ser.




Por vezes o mundo não compreende. Mas não importa que o mundo não entenda… porque o mundo não passou pelo mesmo que tu, não passou pelo mesmo que eu e há coisas que só podem ser compreendidas quando as vivemos.
Mas tu tens, tal como eu tive um dia, de lutar contra o que tu achas errado, porque achas que há outras soluções, e não de lutar contra o que os outros pensam do que fazes ou deixas de fazer.
Eles não vão viver a tua vida. Eles não vão sofrer as tuas dores. Eles não vão seguir o teu caminho. Eles falam porque não conhecem e porque é muito mais fácil julgar os outros do que pensar nos próprios erros.
Mas hoje eu, que entendo em parte o que estás a passar, estou aqui para te dizer que mesmo quando o chão que pisas parece desabar, existe alguém que não te deixa cair e mesmo quando parece que não há soluções há sempre uma restea de esperança que não te deixa bater no fundo. Porque existem os amigos e existe gente para quem és extremamente especial apenas por seres como és. Não penses que não fazias cá falta porque, estou certa, muita gente sentiria um grande vazio se não estivesses.
És uma miúda fantástica… não te percas na ideia do que os outros podem pensar porque, se vires bem, não há ninguém que te acuse que jamais tenha errado. Podes sempre contar comigo!
Força e toca a lutar para o futuro ser melhor do que o passado. Não é o que fizemos que nos define mas sim a força que temos para fazer melhor do que fizemos antes.

ACREDITO EM TI!

Marina Ferraz

*Imagem retirada da Internet