Castelos de cartas caem com o vento e reconstroem-se com paciência e cuidado, com vontade e amor.
Carta a carta, ousei construir o maior dos castelos que este mundo já viu, num estranho jogo de equilíbrio onde sempre predominou uma enormíssima tendência para o caos.
Talvez eu não tenha colocado as cartas certas nos locais correctos, talvez toda a estrutura daquele frágil castelo estivesse errada. Mas, contra o vento e os encontrões, a verdade é que o construí. Construí-o sozinha, sem a ajuda, o companheirismo ou o apoio de ninguém.
Cada vez que o vento soprava mais forte e ele era derrubado, eu respirava fundo e construía aquele castelo e de todas as vezes que o construía, o fazia com mais cuidado, com mais amor. E, naquela constante construção de castelos débeis que iam morrendo e renascendo, aprendi a amar o castelo. Amei-o mais de cada vez que o construí. Não sei porquê! Talvez o primeiro fosse o mais sólido, mas não era o que eu lembrava melhor nem o que me fazia sorrir nas horas de desespero…
E então, loucamente, houve um dia em que o castelo desmoronou e eu resolvi construir um maior, mais bonito…
Esse castelo surgiu à minha frente no momento em que o desejei. Com uma frágil e inexplicável imponência e eu confiei que aquele castelo, maior e mais bonito, aquele castelo que eu amava mais… aquele não cairia e dar-me-ia tudo o que os anteriores me tinham feito perder.
Mas o vento que soprou em brisa, derrubou-o como se fosse o mais pequeno de todos os castelos que havia construído.
Vê-lo cair abriu-me os olhos e fechou-me o coração. Percebi que querer um eterno castelo de cartas é como esperar que a vida seja construída apenas de sorrisos.
Nunca mais me sentei naquela mesa, criando castelos. Amontoei as cartas e atei-as com um elástico. Depois, como se fossem velhas amigas, pousei-as com todo o carinho. Passo por elas todos os dias e todos os dias amo os meus castelos. Jamais os esquecerei…
Aquelas cartas, pousadas e sem um novo sentido, servem apenas para eu me lembre que agora o vento pode brincar com as cartas mas já não brinca mais o meu coração.
Carta a carta, ousei construir o maior dos castelos que este mundo já viu, num estranho jogo de equilíbrio onde sempre predominou uma enormíssima tendência para o caos.
Talvez eu não tenha colocado as cartas certas nos locais correctos, talvez toda a estrutura daquele frágil castelo estivesse errada. Mas, contra o vento e os encontrões, a verdade é que o construí. Construí-o sozinha, sem a ajuda, o companheirismo ou o apoio de ninguém.
Cada vez que o vento soprava mais forte e ele era derrubado, eu respirava fundo e construía aquele castelo e de todas as vezes que o construía, o fazia com mais cuidado, com mais amor. E, naquela constante construção de castelos débeis que iam morrendo e renascendo, aprendi a amar o castelo. Amei-o mais de cada vez que o construí. Não sei porquê! Talvez o primeiro fosse o mais sólido, mas não era o que eu lembrava melhor nem o que me fazia sorrir nas horas de desespero…
E então, loucamente, houve um dia em que o castelo desmoronou e eu resolvi construir um maior, mais bonito…
Esse castelo surgiu à minha frente no momento em que o desejei. Com uma frágil e inexplicável imponência e eu confiei que aquele castelo, maior e mais bonito, aquele castelo que eu amava mais… aquele não cairia e dar-me-ia tudo o que os anteriores me tinham feito perder.
Mas o vento que soprou em brisa, derrubou-o como se fosse o mais pequeno de todos os castelos que havia construído.
Vê-lo cair abriu-me os olhos e fechou-me o coração. Percebi que querer um eterno castelo de cartas é como esperar que a vida seja construída apenas de sorrisos.
Nunca mais me sentei naquela mesa, criando castelos. Amontoei as cartas e atei-as com um elástico. Depois, como se fossem velhas amigas, pousei-as com todo o carinho. Passo por elas todos os dias e todos os dias amo os meus castelos. Jamais os esquecerei…
Aquelas cartas, pousadas e sem um novo sentido, servem apenas para eu me lembre que agora o vento pode brincar com as cartas mas já não brinca mais o meu coração.
Marina Ferraz
*Imagem retirada da Internet
"Enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar."
ResponderEliminarAi menina, deixa lá estar as cartas. Às vezes parece que ir sozinha no caminho é inútil. Mas há muita pedra nas bermas. E então, nós apanhamos uma aqui, outra ali...Só vale a pena meter mãos em obra sólida.Pode custar esperar, mas depois podemos morar dentro de um castelo de pedra construído por nós e que tenha, inclusivé, uma muralha à volta, para guardar o nosso tesouro.
Parabéns, miúda!!
(ADP olé!!)
Sabes, é muito melhor construir castelos com alguém que o quer realmente fazer connosco... com alguém que o faz com o mesmo amor e dedicação que nós. Se é fácil haver alguém assim?? Não, não é não... mas existe SEMPRE alguém para ocupar esse lugar se esquecermos o passado e os castelos que com ele se foram e deixarmos entrar na nossa vida quem é nosso por direito!
ResponderEliminarUm amigo meu disse: "Há sempre mais uma garrafa para beber e uma mulher para amar."
ResponderEliminarPor vezes é complicado encarar as coisas, principalmente depois de termos gastado todos os nossos esforços em construir algo que acabou por desmoronar. Acredita em mim que eu te entendo tão bem...
E a pior coisa é passar por aquele lugar e recordar que ali, há uns tempos atrás houve algo. Para nós ainda há algo. Mas é só para nós...
Por alguma razão é que dizem para nunca voltarmos a um lugar onde já fomos muito felizes... E cada vez mais, eu entendo o porquê...
E quanto aos teus castelos, havemos sempre de construir castelos para nos refugiarmos da vida real e eles hão-de sempre cair. Mas será aí que iremos dar a nossa resposta de força e nos sentiremos mais vivos que nunca...
Como diz o mestre Paulo Coelho, "A hora mais escura vem sempre antes do nascer do sol!".
Beijo grande
Está na hora de mudar de material de construção! Passemos das cartas a algo mais sólido... quem sabe garrafas:) Pronto, eu e os copos... eu sei... :D
ResponderEliminarAgora a sério! Fantástico... A minha escritora favorita conseguiu surpreender-me;)
E seguindo o conselho da Marta, vamos construir muralhas... Eu como tou desempregada, posso dedicar-me à construção;)
Bjinho grande e parabéns.