Encontraste-me e eu já não tinha coração. Um anjo tinha-mo arrancado do peito e, mesmo tendo-o apanhado do chão, caco a caco, a verdade é que quando me encontraste, eu já o tinha oferecido a alguém… para sempre.
Então, fingiste que podia amar-te com a alma. Com a alma que eu já tinha oferecido ao diabo em troca de uma morte que não chegou. Mas entraste nos meus olhos e abraçaste-me a alma inexistente. Abraçaste-a com a força de mil homens e a suavidade de um sussurro.
Caminhei ao teu lado, sempre para descobrir que nenhum medo do mundo me faria cair enquanto ali estivesses. Havia uma mão tua segurando cada passo incerto que dava na direcção do meu inferno terreno.
Chorei lágrimas de sangue. Eram invisíveis mas, de alguma forma, acredito que as viste a jorrar dos meus olhos secos e que me limpaste o rosto, com mais fé em mim do que aquela que eu podia merecer.
Sentaste-te comigo a ver o mar e aprendeste a amar o horizonte. Porque sabias que ele era meu. Sabias que aquela linha impossível de alcançar era tudo o que eu sentia. Tudo o que eu desejava. De alguma forma, não te importaste com os meus sonhos inumanos.
Em vez disso, calaste-te durante horas para ouvires o murmúrio triste do meu peito a sagrar. Ouviste a mesma história vez após vez, como se fosse um conto de fadas e não uma jornada pelas minhas próprias trevas.
Encontraste-me e deste-me a mão. Em algum momento, também entraste no lugar vazio onde era suposto eu ter um coração. E, sim, eu preocupo-me contigo e gosto de ti. Só que tu encontraste-me e eu nunca me encontrei…
Então, fingiste que podia amar-te com a alma. Com a alma que eu já tinha oferecido ao diabo em troca de uma morte que não chegou. Mas entraste nos meus olhos e abraçaste-me a alma inexistente. Abraçaste-a com a força de mil homens e a suavidade de um sussurro.
Caminhei ao teu lado, sempre para descobrir que nenhum medo do mundo me faria cair enquanto ali estivesses. Havia uma mão tua segurando cada passo incerto que dava na direcção do meu inferno terreno.
Chorei lágrimas de sangue. Eram invisíveis mas, de alguma forma, acredito que as viste a jorrar dos meus olhos secos e que me limpaste o rosto, com mais fé em mim do que aquela que eu podia merecer.
Sentaste-te comigo a ver o mar e aprendeste a amar o horizonte. Porque sabias que ele era meu. Sabias que aquela linha impossível de alcançar era tudo o que eu sentia. Tudo o que eu desejava. De alguma forma, não te importaste com os meus sonhos inumanos.
Em vez disso, calaste-te durante horas para ouvires o murmúrio triste do meu peito a sagrar. Ouviste a mesma história vez após vez, como se fosse um conto de fadas e não uma jornada pelas minhas próprias trevas.
Encontraste-me e deste-me a mão. Em algum momento, também entraste no lugar vazio onde era suposto eu ter um coração. E, sim, eu preocupo-me contigo e gosto de ti. Só que tu encontraste-me e eu nunca me encontrei…
Marina Ferraz
*Imagem retirada da Internet