As palavras são feitas de silêncio, Leonor...
Eu, por exemplo, queria falar e todas as minhas mudas palavras se calam num olhar ou num gesto mais dorido, construído na mágoa do silêncio.
E depois, quando sem razão ele é quebrado por outra voz, eu minto e digo que não há palavras por proferir.
A vida é assim, meu amor, fica tanto por dizer... Ás vezes calamos a voz dos nossos próprios sentimentos e pensamos que existe sempre o amanhã para dizer o que não conseguimos dizer hoje. Mas o amanhã é feito de silêncio... porque amanhã nenhuma das palavras que hoje tinhamos para dizer fará sentido.
Sabes, Leonor?... é estranho amar alguém no silêncio de palavras que foram proibidas pelo tempo e pelas pessoas que o tempo tratou de pôr na nossa sina.
A palavra mais difícil de dizer é “amo-te”... sabias? Normalmente, em vez de falar de amor, fechamos os olhos e damos tudo o que somos. Porque é mais fácil envolver dois corpos no silêncio do que envolver a alma na promessa que fica em cada palavra proferida.
Eu já nem tenho medo da solidão dos meus silêncios. Trato as memórias trocistas como se fossem amigas de longa data e o vazio que ficou como a imensidão de tudo o que um dia tive.
As minhas palavras são silêncio, meu anjo, e quanto mais falo mais percebo que há um mundo de coisas por dizer. Porque tudo o que é realmente importante fica sempre para dizer amanhã e o amanhã nunca mais chega.
Eu, por exemplo, queria falar e todas as minhas mudas palavras se calam num olhar ou num gesto mais dorido, construído na mágoa do silêncio.
E depois, quando sem razão ele é quebrado por outra voz, eu minto e digo que não há palavras por proferir.
A vida é assim, meu amor, fica tanto por dizer... Ás vezes calamos a voz dos nossos próprios sentimentos e pensamos que existe sempre o amanhã para dizer o que não conseguimos dizer hoje. Mas o amanhã é feito de silêncio... porque amanhã nenhuma das palavras que hoje tinhamos para dizer fará sentido.
Sabes, Leonor?... é estranho amar alguém no silêncio de palavras que foram proibidas pelo tempo e pelas pessoas que o tempo tratou de pôr na nossa sina.
A palavra mais difícil de dizer é “amo-te”... sabias? Normalmente, em vez de falar de amor, fechamos os olhos e damos tudo o que somos. Porque é mais fácil envolver dois corpos no silêncio do que envolver a alma na promessa que fica em cada palavra proferida.
Eu já nem tenho medo da solidão dos meus silêncios. Trato as memórias trocistas como se fossem amigas de longa data e o vazio que ficou como a imensidão de tudo o que um dia tive.
As minhas palavras são silêncio, meu anjo, e quanto mais falo mais percebo que há um mundo de coisas por dizer. Porque tudo o que é realmente importante fica sempre para dizer amanhã e o amanhã nunca mais chega.
Marina Ferraz
*Imagem retirada da Internet