Quem eu era, já há muito tempo que deixou de importar. Hoje já não sou quem fui. Num ano envelheci séculos. Já não me conheço.
Tenho saudade do tempo em que me cansava das pessoas como se fossem coisas, saudade da vontade que me preenchia: a vontade de conhecer o mundo nem que tivesse de deixar para trás tudo o que tinha. Eu queria ir longe, sonhava com o futuro, tinha planos e a possibilidade de tornar tudo real.
Quem eu era, morreu nos olhos de alguém, da primeira vez que os nossos olhares se encontraram... desejei que todos os sonhos começassem e acabassem ali, deitei fora tudo aquilo em que acreditava e fiz de mim mesma o caminho para a destruição de todos os planos.
Antes, queria amar mas não entregava o coração e estava sempre mais preparada para dizer “adeus” do que “amo-te”.
Antes, eu era capaz de seguir e as lágrimas que derramava eram doces e, como tal, bebia-as sem me importar. Sofria de um modo simples, que era sofrendo e sorrindo, acordando aos poucos para uma realidade mais bonita e melhor. Encarava todos os fins como portas a abrirem-se para algo infinitamente mais belo e não tinha medo de seguir pelos trilhos que me podiam levar até realidades sonhadas.
Era tão mais simples a minha vida quando eu falava de amor sem saber o que isso queria dizer. Era tão mais simples abrir os olhos e ver um mundo que nunca tinha sido bom para que o pudesse julgar mau!
Hoje sou uma rapariga tola, sem metas e com o coração partido. Já não quero o mundo, quero um momento de felicidade com uma pessoa. Já não me canso de toda a gente, há alguém com quem partilharia tudo na vida. Já não é mais fácil dizer “adeus” do que “amo-te”... já não é fácil dizer “adeus”...
Tenho saudades de desejar algo que pudesse alcançar, saudades de querer algo que me coubesse na palma da mão. Hoje, séculos mais velha, não sou ninguém... afinal, ninguém ama de verdade!
Tenho saudade do tempo em que me cansava das pessoas como se fossem coisas, saudade da vontade que me preenchia: a vontade de conhecer o mundo nem que tivesse de deixar para trás tudo o que tinha. Eu queria ir longe, sonhava com o futuro, tinha planos e a possibilidade de tornar tudo real.
Quem eu era, morreu nos olhos de alguém, da primeira vez que os nossos olhares se encontraram... desejei que todos os sonhos começassem e acabassem ali, deitei fora tudo aquilo em que acreditava e fiz de mim mesma o caminho para a destruição de todos os planos.
Antes, queria amar mas não entregava o coração e estava sempre mais preparada para dizer “adeus” do que “amo-te”.
Antes, eu era capaz de seguir e as lágrimas que derramava eram doces e, como tal, bebia-as sem me importar. Sofria de um modo simples, que era sofrendo e sorrindo, acordando aos poucos para uma realidade mais bonita e melhor. Encarava todos os fins como portas a abrirem-se para algo infinitamente mais belo e não tinha medo de seguir pelos trilhos que me podiam levar até realidades sonhadas.
Era tão mais simples a minha vida quando eu falava de amor sem saber o que isso queria dizer. Era tão mais simples abrir os olhos e ver um mundo que nunca tinha sido bom para que o pudesse julgar mau!
Hoje sou uma rapariga tola, sem metas e com o coração partido. Já não quero o mundo, quero um momento de felicidade com uma pessoa. Já não me canso de toda a gente, há alguém com quem partilharia tudo na vida. Já não é mais fácil dizer “adeus” do que “amo-te”... já não é fácil dizer “adeus”...
Tenho saudades de desejar algo que pudesse alcançar, saudades de querer algo que me coubesse na palma da mão. Hoje, séculos mais velha, não sou ninguém... afinal, ninguém ama de verdade!
Marina Ferraz
*Imagem retirada da Internet
Identifico-me tanto com algumas coisas que disseste. As pessoas amam sem saberem o que é isso e no momento que se começam a sentir felizes e a entender o que é o amor, perdem a pessoa que nelas despertou esse sentimento tão grande e tão complicado. Com a perda dessa pessoa, caem os nossos sonhos... Acredita que nos últimos tempos eu sou essa pessoa. perdi a única pessoa capaz de me pôr um sorriso nos lábios, perdi a pessoa que me fazia levantar da cama todos os dias... MAs acho que, ainda pior que eu a ter perdido, foi ela ter-me perdido também...
ResponderEliminarComo explicar ao coração e à cabeça que aquela pessoa comquem dividimos tudo já não faz parte da nossa vida?
Como ficar sem a pessoa a quem tivemos coragem de dizer amo-te?
Beijo e já sabes... tu escreves muito!
"Tenho saudades de desejar algo que pudesse alcançar, saudades de querer algo que me coubesse na palma da mão."
ResponderEliminarSaudades matam-se! Temos de fazer por as matar, correr atrás do que queremos. Pena que, por vezes, tenhamos saudades do que já não queremos. Estranho, não?
Bem, das minhas parvoíces nunca irás ter saudades. Faço questão de tas dizer sempre!
Assusto- me como muitas vezes me vejo em seus textos. Este tão lindo como os outros. Adorei.
ResponderEliminarL.P
Marina, vc tem o poder de traduzir nossos sentimentos mais escondidos... amo teus textos... beijos e boa semana.
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