Hoje acordei e olhei a janela. A manhã estava calma e o sol de Verão brilhava insistentemente do outro lado da janela apesar de eu já lhe ter pedido para dar lugar às chuvas de Outono.
Cá dentro sentia o mesmo vazio de ontem e do dia anterior, a mesma angústia do último mês, a mesma dor de sempre. Mesmo assim o novo dia teimara em surgir.
Espreguicei-me e cumpri a já sagrada rotina, sem nada de novo ou emocionante.
Vesti as primeiras calças de ganga que apanhei e a T-shirt que tinha ficado no cimo da gaveta, sem sequer reparar se estava bem ou não, olhei penosamente para a mochila, desejando ardentemente que as aulas já tivessem começado, ocupando a minha cabeça com algo mais do que certezas arrebatadoras e cruéis.
Passo o dia em correrias desenfreadas, andando a maior parte do tempo de um lado para o outro, fingindo-me ocupada para me convencer a mim mesma de que o cansaço constante em que me encontro tem razão de ser e volto para casa, taciturna, desolada e perdida, em busca de um pouco de conforto.
O caderno, em cima da secretária, já não me inspira nem me chama. Limita-se a ficar ali, à espera que um dia eu volte a ser quem era e tenha finalmente vontade de escrever romances que, ao contrário da minha vida, acabam sempre bem…
Deito-me na cama e desato a chorar todas as lágrimas reprimidas durante o dia. Não posso chorar à frente de ninguém, só o posso fazer no meu solitário quarto, onde sei que ninguém me irá procurar, até porque ninguém quer saber.
Depois de chorar horas a fio, sinto-me inútil e humilhada, como se aquelas lágrimas não fossem apenas um desabafo.
Entretanto, sinto medo. Tudo à minha volta me assusta, qualquer ruído, qualquer sombra, qualquer movimento e eu fico ali, aterrada e julgando-me louca.
Acabo por adormecer e estou tão cansada que nem sei se sonho ou não. Já não ligo aos sonhos, perdi a vontade de os lembrar, perdi a vontade de acreditar neles.
Só sei que na manhã seguinte vou acordar e achar que fui forte por ultrapassar todos os medos sozinha no meu quarto e por me proibir de chorar junto aos outros.
A verdade, a terrível verdade, é que amanhã quando acordar e vir o sol brilhar do outro lado da janela, vou ter vontade de chorar outra vez e vou sofrer de novo.
Mas, enquanto durmo, quem sabe se não peço um pouco de chuva para poder chorar lá fora, sem ninguém se aperceber!
Cá dentro sentia o mesmo vazio de ontem e do dia anterior, a mesma angústia do último mês, a mesma dor de sempre. Mesmo assim o novo dia teimara em surgir.
Espreguicei-me e cumpri a já sagrada rotina, sem nada de novo ou emocionante.
Vesti as primeiras calças de ganga que apanhei e a T-shirt que tinha ficado no cimo da gaveta, sem sequer reparar se estava bem ou não, olhei penosamente para a mochila, desejando ardentemente que as aulas já tivessem começado, ocupando a minha cabeça com algo mais do que certezas arrebatadoras e cruéis.
Passo o dia em correrias desenfreadas, andando a maior parte do tempo de um lado para o outro, fingindo-me ocupada para me convencer a mim mesma de que o cansaço constante em que me encontro tem razão de ser e volto para casa, taciturna, desolada e perdida, em busca de um pouco de conforto.
O caderno, em cima da secretária, já não me inspira nem me chama. Limita-se a ficar ali, à espera que um dia eu volte a ser quem era e tenha finalmente vontade de escrever romances que, ao contrário da minha vida, acabam sempre bem…
Deito-me na cama e desato a chorar todas as lágrimas reprimidas durante o dia. Não posso chorar à frente de ninguém, só o posso fazer no meu solitário quarto, onde sei que ninguém me irá procurar, até porque ninguém quer saber.
Depois de chorar horas a fio, sinto-me inútil e humilhada, como se aquelas lágrimas não fossem apenas um desabafo.
Entretanto, sinto medo. Tudo à minha volta me assusta, qualquer ruído, qualquer sombra, qualquer movimento e eu fico ali, aterrada e julgando-me louca.
Acabo por adormecer e estou tão cansada que nem sei se sonho ou não. Já não ligo aos sonhos, perdi a vontade de os lembrar, perdi a vontade de acreditar neles.
Só sei que na manhã seguinte vou acordar e achar que fui forte por ultrapassar todos os medos sozinha no meu quarto e por me proibir de chorar junto aos outros.
A verdade, a terrível verdade, é que amanhã quando acordar e vir o sol brilhar do outro lado da janela, vou ter vontade de chorar outra vez e vou sofrer de novo.
Mas, enquanto durmo, quem sabe se não peço um pouco de chuva para poder chorar lá fora, sem ninguém se aperceber!
Marina Ferraz
*Imagem retirada da Internet
enquanto dormes descansadamente o Mundo parece-te perfeito, mas acordas dentro de uma realidade sombria...
ResponderEliminarComo te compreendo, a vida tb nao me sorri
Mas nao desesperes pois melhores dias viram
drt mt miuda ******
concordo ca rita numa parte .. melhores dias hao d aparecer .. e um dia inda vais acordar e axar o dia la fora bem bonito e adorar esse sol d ke te keixas =P .. va .. bjinhu menina marina =)
ResponderEliminaroii**
ResponderEliminargostei mt..mtx vexes tb m sintu axim..:\parece k a vida n m sorri..mx depois penso k sou 1 sortuda em ter tantas coisas i ter pexoas a minha volta k m amam de verdd..:)apesar de sentirmx sempre a falta de algu mais..i tu sabes do k falo..pk o k ja e pa nos 1 dado adkiridu n nox fax pensar..simplesmente esta la..so sentimx a falta kandu o(a)perdemx..mx n desanimes..pk se olhares a tua volta vais ver k tens amigos de verdd i eu desde k t conheci k sou 1 das tuas fas..pk es 1 nina xeeeeia de talentos k inda se vao revelar mais...;) gmdt miudaa*****
seni;)
Gostei do texto... parece-me demasiado triste para alguém que merece andar com um sorriso. Quanto a isso apenas tenho algo a dizer, ou melhor, a citar:
ResponderEliminar«It can't rain all the time.»
Fica bem e vai postando.
jinhos