Enquanto o vento passar pelo nosso rosto e pudermos olhar para o lado e sorrir uns aos outros, a vida continuará a fazer sentido.
Colori o céu, esta manhã. Colori-o de saudade. Uma pincelada de dor, outra de harmonia, todas de azul. Num canto, desenhei uma nuvem. Uma nuvem branca e cinzenta. Concreta. Atrás dela, criei nuances de bege, laranja e amarelo. O sol. Colori o céu em pinceladas de tempo. Porque, se não houvesse tempo, não podia pintar o céu de azul e ele continuaria a ser negro.
Deixei a minha tela a secar no jardim dos meus sonhos. O meu jardim, habituado ao preto e branco de sempre, ganhou um pouco de cor e sorriu-me.
Então, sentei-me na relva seca e cinzenta da minha imaginação, fitei o meu quadro e sorri.
O vento soprou e eu olhei em redor. Ali estavam eles, a olhar para o meu quadro azul. Para o meu céu, para a minha esperança. Olharam para mim e sorriram-me. Sorriram-me como se importasse eu ter pintado o céu em tons de índigo.
Todos eles traziam na mão uma espada de luz, nos olhos um brilho de estrela, nos braços um abraço pronto…
Então, as flores pretas do meu jardim ganharam cor, sem que fosse preciso pintá-las. A relva ficou mais fresca e o cheiro a terra molhada inebriou-me os sentidos. Cheirou também a canela e coco. Depois a alfazema e menta. Depois a tomilho. Cresceram as rosas. Não rosas brancas e negras. Rosas rubras, escarlates como a própria paixão.
E eu senti-me rica. Senti-me feliz. Senti que, no mundo, a felicidade tinha, de facto, muitas formas.
Mas o facto de eu estar ali, num mundo de cores e luz, não tinha muitas formas! Tinha apenas uma: a forma de três guardiões, num trio da mais profunda amizade.
E foi por isso que, no meio de um devaneio que não tenho a certeza de ter sido um sonho, pensei para mim, no silêncio da madrugada, que enquanto o vento passar pelo nosso rosto e pudermos olhar para o lado e sorrir uns aos outros, a vida continuará a fazer sentido.
Colori o céu, esta manhã. Colori-o de saudade. Uma pincelada de dor, outra de harmonia, todas de azul. Num canto, desenhei uma nuvem. Uma nuvem branca e cinzenta. Concreta. Atrás dela, criei nuances de bege, laranja e amarelo. O sol. Colori o céu em pinceladas de tempo. Porque, se não houvesse tempo, não podia pintar o céu de azul e ele continuaria a ser negro.
Deixei a minha tela a secar no jardim dos meus sonhos. O meu jardim, habituado ao preto e branco de sempre, ganhou um pouco de cor e sorriu-me.
Então, sentei-me na relva seca e cinzenta da minha imaginação, fitei o meu quadro e sorri.
O vento soprou e eu olhei em redor. Ali estavam eles, a olhar para o meu quadro azul. Para o meu céu, para a minha esperança. Olharam para mim e sorriram-me. Sorriram-me como se importasse eu ter pintado o céu em tons de índigo.
Todos eles traziam na mão uma espada de luz, nos olhos um brilho de estrela, nos braços um abraço pronto…
Então, as flores pretas do meu jardim ganharam cor, sem que fosse preciso pintá-las. A relva ficou mais fresca e o cheiro a terra molhada inebriou-me os sentidos. Cheirou também a canela e coco. Depois a alfazema e menta. Depois a tomilho. Cresceram as rosas. Não rosas brancas e negras. Rosas rubras, escarlates como a própria paixão.
E eu senti-me rica. Senti-me feliz. Senti que, no mundo, a felicidade tinha, de facto, muitas formas.
Mas o facto de eu estar ali, num mundo de cores e luz, não tinha muitas formas! Tinha apenas uma: a forma de três guardiões, num trio da mais profunda amizade.
E foi por isso que, no meio de um devaneio que não tenho a certeza de ter sido um sonho, pensei para mim, no silêncio da madrugada, que enquanto o vento passar pelo nosso rosto e pudermos olhar para o lado e sorrir uns aos outros, a vida continuará a fazer sentido.
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Com um brilhozinho nos olhos...
ResponderEliminarConheço tão bem esses olhos
E nunca me enganam
O que é que aconteceu diz lá
É que hoje fiz um amigo
E coisa mais preciosa no mundo não há
É que hoje fiz um amigo
E coisa mais preciosa no mundo não há
E que é que foi que ele disse?
ResponderEliminarE que é que foi que ele disse?
Houje soube-me a tanto
Houje soube-me a tanto
Houje soube-me a tanto
Houje soube-me a tanto
Portanto, hoje soube-me a pouco!
E a amizade é assim, um tanto que sabe a pouco, para que todos os dias haja um motivo para voltarmos a pintar o quadro.
(obrigada ao Zé pelo mote)
Goxmuiti
Tanta cor e tanto cheiro que até fiquei confundido!
ResponderEliminarGosto de si, senhora escritória!