terça-feira, 12 de julho de 2016

Desenlace



O sonho, a fé, a ilusão:
Bebeu-os de uma só vez.
De tanto cair no chão
Foi chão que um dia se fez…

Mesmo de rojo, sonhando,
Não abriu mão do querer:
Arrastou-se mas levando
O tanto que podia ser.

Ferida aberta ou cicatriz
Esse ir sem saber aonde,
Caminho que não se diz,
Questão que não se responde.

Por assim olhar, do chão,
O tanto que queria perto,
Cegou o seu coração,
Peito rasgado e aberto.

Sentiu o sono chegar
Nessa ilusão da tortura.
Sorriu sem acreditar,
Um sorriso que não dura…

Esqueceu-se de sentir
E nem sequer quer saber
Se fecha os olhos para dormir
Ou se os fecha p’ra morrer…

Marina Ferraz


*Imagem retirada da Internet


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1 comentário:

  1. Acho que este foi um dos poemas mais complexos teus que já li,tive que reler para absorver mais,a escrita impecável,o sentimento que transborda,uma ideia de cansaço que castiga e inunda o peito,nem sei o que dizer,só elogiar :D
    Incrível,querida,parabéns ^^
    Beijinhos,Jenny ^.^

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