Dei o teu nome ao meu veleiro de sonho porque tinhas, no olhar, a fúria do mar de Inverno. Imaginei pôr-te no meu mar de fantasia, para poderes navegar sem destino. Sabia que tinhas um porto na minha alma triste e um Abrigo no meu coração desperto. Mas não to disse. O sol brilhava.
Agarrei-te nas mãos e ajustei-te as velas, qual mãe que ama os seus filhos mas que os cria para o mundo e sabe que os vai perder. Não esperei que o vento soprasse, tão breve, vindo desse Norte ciumento e cruel, querendo arrancar-te dos meus braços. Ainda assim, quando ele soprou, beijei a tua proa e pousei-te no mar das minhas lágrimas, para seres o veleiro de sonho de uma liberdade que eu não tive.
Tu respiraste fundo a maresia e sorriste. E eu sorri também, apesar de ver o desapego do teu sorriso. Tinhas o alento de uma tripulação, a força de um exército e a alma de um herói. Foi nesse momento que te perdi. Então, quando te pousei no mar do meu choro, o teu coração bateu pela primeira vez. Levaste o teu coração no convés e o meu preso ao mastro da saudade.
O sol brilhava. Brilhava no alto desse céu azul, quando levantaste ferro e me fugiste, por entre os dedos, navegando de ilusões.
Nunca disse adeus às ilusões desse que, afinal, era apenas um veleiro de saudade. E fiquei a acenar, na costa, com os olhos marejados de dor, enquanto as tuas velas viravam nuvens e tu desaparecias no horizonte da minha esperança vã.
Agarrei-te nas mãos e ajustei-te as velas, qual mãe que ama os seus filhos mas que os cria para o mundo e sabe que os vai perder. Não esperei que o vento soprasse, tão breve, vindo desse Norte ciumento e cruel, querendo arrancar-te dos meus braços. Ainda assim, quando ele soprou, beijei a tua proa e pousei-te no mar das minhas lágrimas, para seres o veleiro de sonho de uma liberdade que eu não tive.
Tu respiraste fundo a maresia e sorriste. E eu sorri também, apesar de ver o desapego do teu sorriso. Tinhas o alento de uma tripulação, a força de um exército e a alma de um herói. Foi nesse momento que te perdi. Então, quando te pousei no mar do meu choro, o teu coração bateu pela primeira vez. Levaste o teu coração no convés e o meu preso ao mastro da saudade.
O sol brilhava. Brilhava no alto desse céu azul, quando levantaste ferro e me fugiste, por entre os dedos, navegando de ilusões.
Nunca disse adeus às ilusões desse que, afinal, era apenas um veleiro de saudade. E fiquei a acenar, na costa, com os olhos marejados de dor, enquanto as tuas velas viravam nuvens e tu desaparecias no horizonte da minha esperança vã.
Marina Ferraz
*imagem retirada da Internet
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