terça-feira, 27 de maio de 2025

Desculpa, Saramago...

 

Imagem gerada por I.A.


Há alguns dias, cruzei-me com esta frase de José Saramago: “A harmonia é compatível com a indignação e a luta; a felicidade não, a felicidade é egoísta”. Algo estranho aconteceu. Discordei.

 

Não é comum, entendam, que eu discorde do “nosso” Prémio Nobel da Literatura – como é engraçado que algo se torne “nosso” apenas e só porque nos traz o sucesso que, enquanto povo, não temos. Como se nos arrastasse da pequenez e nos aproximasse dos feitos de outrora, lembrados em hipérbole heroica, como se a crueldade não fosse a única imensidão da história. Sempre achei que Saramago tinha uma aura de iluminação, daquelas que cabem aos vanguardistas e aos visionários. Sempre achei que a veia (assumidamente comunista e de esquerda) continha uma sabedoria rara. Sempre achei que as críticas que tantas vezes ouvimos são constructo de pessoas que nunca se deram ao real trabalho de abrir uma das obras para a ler. Prova disso, se me perguntarem, é o facto de continuarem a dizer que Saramago escreve sem pontuação... e ainda espero encontrar esse livro sem pontos e vírgulas, que tanto criticam... o que tenho encontrado são livros com pontuação não convencional, que seguem o ritmo e a lógica do pensamento... e talvez por isso causem estranheza e incómodo a quem não pensa.

 

Tendendo a concordar com Saramago e, ainda que seja capaz de acompanhar a ideia e de entender por que o diz, esta frase deixou-me desconfortável. Deixou-me desconfortável, talvez, porque a minha noção de felicidade não existe desligada do outro, mas ancorada nele. Não é egoísta, está longe de ser incompatível com a luta, com a indignação, com Abril.

 

Nascida na Jangada de Pedra que anda por aí à deriva, sinto-me já afastada até dos espanhóis, que pertencem à Península, mas não à náusea cívica que veio substituir as noções de cidadania. As circunstâncias remetem-me para outras narrativas, mais dantescas e miseráveis. Lá fora, o ódio cospe-se em horário nobre e gente dorme na rua. A caixinha mágica mostra-nos gente que morre. Crianças que morrem. Bebés que morrem. Fome. Miséria. Guerra. Genocídio. A indignação e a luta dissipam-se na inexistência. Assim como a harmonia e a felicidade. Mas recuso-me a pensar que a felicidade é egoísta.

 

Recordo a frase da série After Life, de Ricky Gervais. Esse pedaço – talvez mainstream – de existencialismo episódico traz consigo pérolas de sabedoria. È Anne, uma viúva que encontramos num banco de cemitério, que nos leva à vida, dizendo “A felicidade é incrível, tão incrível que não importa se é nossa ou não. É algo maravilhoso. Uma sociedade cresce bem quando um homem velho planta uma árvore à sombra da qual sabe que nunca se sentará. Boas pessoas fazem coisas para outras pessoas. É apenas isso. Fim.”.

 

Gosto desta perspetiva de felicidade. Esta que não é egoísta, nem incompatível com a luta. Esta que pode exigir que se pense no outro. Que se lute. É assim que quero ser feliz... e sabem os deuses que não espero o sobejar de harmonia nesse caminho.

 

Talvez seja isso. Talvez importasse pensar a felicidade como um produto simbiótico. Algo que só posso ter, dando-me. Algo que só posso querer para mim, se quiser para todos os outros. Faz falta que se alimente a felicidade. Pela manhã, como quem põe ração ao gato. Pelo dia, como quem concede esmola ao sem abrigo. Pela noite, como quem beija os filhos na testa e lhes ajeita as mantas, depois de uma história de encantar.

 

Saramago também disse "Não sou pessimista. O mundo é que é péssimo." Com isto, eu concordo. Mas recuso-me a acreditar que tenha de ser assim.

 

Peço que me perdoem. Tanto de bom já foi dito, antes que eu aprendesse a juntar as letras para formar palavras, que hoje sinto mais falta das palavras dos outros. Salto da literatura para o palco. Despeço-me nas palavras de Raul Solnado: “Façam o favor de serem felizes”.

 

Mas acrescento, do meu coração.

Para os outros, pelos outros... e lutando para que todos encontremos uma felicidade igual.”

 

Todos. Mesmo aquela pessoa de quem não gostam. Mesmo os palestinianos e os israelitas. Mesmo quem foi votar e deixou o cérebro em casa. Se toda a gente for feliz, para quê a guerra? Se toda a gente for feliz, para quê a maldade? Se toda a gente for feliz, o mundo será melhor. Desculpa, Saramago... Não há pensamento menos egoísta!


 Marina Ferraz




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quarta-feira, 21 de maio de 2025

Egoísmo

 

Imagem gerada por I.A.

Já me disseram muitas vezes que sou egoísta. Recordo particularmente o dia em que mo disseram porque afirmei não querer ter filhos – posição que mantenho, apesar de tantas vezes me terem dito “isso muda com a idade”. Nesse dia – que era um dia de sol – havia crianças a chapinhar na piscina e o semblante seco e altivo de quem me dizia que era egoísta. Descobri, pela voz de outrem, que eu não queria filhos porque isso implicaria ter de olhar para além do meu umbigo... e dar-me a outros... e ser por outros... pelos outros...

 

Este é o contexto. Mas o contexto tem pouca pertinência para o que te quero dizer. É que hoje... hoje, é para ti que escrevo. Para ti, filho nunca gerado e que, por isso, não nasceste, tal como longamente previsto. Escrevo-te para te pedir que não ouças as palavras cruéis que me disseram naquele dia de verão, porque não são verdade... embora talvez eu seja egoísta em muitas coisas... e ande longe da retidão santificada que vai retomando o seu lugar nas narrativas do que é ser-se “uma boa mulher”. A tua inexistência, no entanto, não é fruto de egoísmo, mas de amor... e posso prová-lo!

 

 

Eis o ente que nasce da luz. Assim sagraria o teu corpo pequenino. Havia de conhecer-te os pormenores do corpo. De contar cada um dos vinte dedos. De aguardar pelos olhos abertos. Pelo sorriso primeiro. Por todos os que se seguissem. De beber-te as lágrimas, como quem sorve a tua dor. De embalar-te. De palmilhar os quilómetros da Terra na minha sala de estar, até que a agitação se transformassem em acalmia e dormisses. De proteger o teu sono. Os teus sonhos... os teus sonhos... os teus sonhos. O mundo gosta de os roubar, então teria de protegê-los assim. Como quem obsessivo-compulsivamente quer roer a desumanidade e envolver-te na manta etérea da utopia. A tua avó diria que é utopia, como diz quando eu falo do mundo que quero e de como é para ele que tento caminhar, esbarrando em barreira, após barreira, após barreira...

 

Quando nascesses, havia de te erguer à janela e dizer: Natureza, eis o meu filho. Filho, esta é a tua Mãe Maior. E ela havia de lançar sobre ti o pólen protetor, que ao tocar a pele seria armadura.

 

Quanta beleza!

 

Mas cortaram as árvores que te seriam madrinhas para abrir a autoestrada. E entraram tanques de guerra e bombas. E 48 horas bastam para que 14 mil bebés sucumbam à miséria da fome, enquanto fogo chove e a terra treme. A luz apaga-se. Toda a luz se apaga. Governos caem e homens comuns votam como se fossem deuses. Ditam as pragas egípcias ao mundo, até quando o mundo é no fim do mundo, na ponta mais ocidental de uma europa diluída, onde só à palavra Euro se diz Amén. Depois, água vira sangue, gafanhotos, rãs, piolhos e moscas infestam o espaço, o gado sucumbe, úlceras comem a gente, o céu vai cuspindo rocha, primogénitos morrem... tu morres. Ou, se não morreres, não viverás.

 

Quererás amar, e não podes. Quererás escolher, e não podes. Quererás ser, e não podes. Odiar-te-ão. Porque és mulher, porque és homossexual, porque és autista. Porque tens uma trisavó indiana. Porque tens um avô retornado. Porque tens uma mãe artista, mulher, autista... Porque trazes nas veias Abril. Porque queres ser livre. Não te quererão para que sejas soldado, mas para que sejas bala. Arma de arremesso. Assim, morres mais depressa e não ocupas espaço, não gastas recursos. A tua morte serve a economia.

 

Então, dizem-me para te ter. Porque, se estiveres vivo, podem garantir que vais morrendo. Sonho a sonho. Ideia a ideia. Liberdade a liberdade. Mente, alma, corpo... até que vires o pó branco que alinham com cartões e inalam, entre copos de gin, rindo nos seus palácios, erguidos sobre a vala comum do povo.

A tua inexistência não é fruto de egoísmo, mas de amor...

 

Em tom mais brando, perguntaram-me uma vez: “Porque não queres ter filhos? Acho-te tão maternal!”. Respondi: “Eu não tenho dúvidas de que teria criança para dar ao mundo... mas não tenho mundo para dar à criança.”

 

Hoje, acrescento: a ti, que não nasceste, deixo a herança. Um voto dobrado em quatro, que não vence a maioria, mas fala sobre o mundo que queria dar-te, se existisses. Uma lágrima nos resultados que, como a tua avó, chamam utopia a esse mundo. Um pensamento simples, sobre a falta que me fazes e como, ainda assim, não te quero aqui. E a liberdade. Deixo-te a liberdade toda. Porque a terei até ao fim. Mesmo que seja o meu fim. (E desconfio que será!)

 

Um dia, tu que não nasceste, e eu, que morrerei a lutar, havemos de nos encontrar nesse universo utópico. Egoistamente, vou agarrar-te contra o peito e contar-te, de viva voz, esta história.

 

 Num dia de sol, com crianças a chapinhar na piscina, alguém de semblante seco e altivo me disse que era egoísta, que não queria filhos porque isso implicaria ter de olhar para além do meu umbigo... e dar-me a outros... e ser por outros... pelos outros... E, então, eu, que não tive filhos, dobrei o meu voto em quatro... e fiz da humanidade a filha que não tive, tentando dar-lhe o presente mais bonito de todos. Ela recusou. Gritantemente. E eu vivi. E eu morri. Sem ti. Por ti. Para ti. Num mundo que – honestamente – não merecia nenhum de nós dois.

 Marina Ferraz




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terça-feira, 13 de maio de 2025

O livro

 

Imagem gerada por I.A.

Hoje combinei um encontro com o meu livro de História. Ele chegou triste e desalentado, sentou-se, pediu um single malte envelhecido. Neat. O bartender agarrou uma garrafa que dizia “50 anos”. Fez sinal de quem me ia servir também, mas recusei com um gesto e pedi um café. Com açúcar. Dois pacotes. Olhei o livro, sem entender a escolha de meio da tarde. Nunca o vira beber uma bebida alcoólica! Disse-me que era caro. Mas que sentia que precisava dele. Que ia pagá-lo, embora fosse caro. E que não o julgasse! Que nem me atrevesse a julgá-lo! Muitas pessoas da tua geração estão a pedir outras coisas envelhecidas há 50 anos, e que também lhes sairão caras depois.

Percebi que era mais fácil não julgar o meu livro do que essas pessoas. Deixei que ele bebesse o seu whiskey. Mas vi como ele erguia o sobrolho ao ver-me virar dois pacotes de açúcar para dentro do líquido castanho e cremoso da minha chávena. Lembrei-o de que julgar é feio. E brinquei: a tua cirrose depois pode fazer companhia à minha diabetes. Ele sorriu. Um sorriso muito apagado. E, depois, fez sinal ao rapaz para que trouxesse mais um copo.

 

A coragem líquida vertida. O agitar do âmbar no copo largo. Abriu finalmente a capa. Mostrou-me o que o perturbava.

 

Eu tinha tanto para ensinar...disse-me... e não serviu para nada! Olha, desparecem-me as letras. As folhas, meio apagadas do tempo, amareladas, vazias. Numa delas lia-se ainda, de forma muito esvaída,  As lutas feministas. Noutra, apenas a terminação da palavra erdade, onde antes existira uma frase inteira. Noutra ainda, a clássica imagem da revolução francesa virava uma mancha inconsistente e sem sentido. Fechou a capa com força, como quem dá um murro na mesa. Olhou para mim, em lágrimas. Emborcou o resto da segunda bebida. Pediu a terceira, erguendo o copo. Lá fora, começava a chover. Uma chuva fina de primavera. Fria. Parecia fria, embora o bar, vazio e cómodo, fosse um abrigo aconchegado. As pessoas liam. As pessoas liam porque as obrigavam a ler. Mas nunca aprenderam merda nenhuma!

 

O terceiro copo bateu na mesa com baque seco e eu senti-o dentro, como se o meu coração fosse a mesa. Como se a minha garganta estivesse mais seca ainda do que aquele baque do copo. Ele agarrou o copo na mão. Bebeu a sua bebida, agora em goles lentos.

 

Não pensei que, agora, tivesse de dizer o óbvio. Ou que me censurassem. Ou que planeassem enviar-me para as prateleiras que ninguém lê ou prensar-me. Riu-se. Como se fosse preciso! Como se não tivessem feito bom trabalho, desensinando as crianças, fazendo com que não se interessem pela leitura. Limpou as próprias lágrimas à toalha. Poderia estar na cabeceira desta gente, que não me pegariam nem para salvar a própria vida!

 

Levantou-se. Olhou para mim. Disse-me. Tinha saudades tuas. Depois saiu para a chuva, agora mais densa. Transformou-se em pasta de papel. Foi pisado pelos pés da multidão que corria a avenida, à procura de abrigo.

 

Ergui a mão. Pedi uma bebida para mim. O empregado perguntou-me. Tem a certeza? Já é o quarto e é forte!

 

Respondi-lhe. Não é forte o suficiente! Não quando toda a gente quer beber o que fermentou sob tirania por 48 anos. Não quando passaram 51... e querem abrir essa garrafa, para beber do amargo que não conheceram, nem recordam...

 

O bartender ignorou o meu pedido. Trouxe-me mais um café. Com dois pacotes de açúcar. Era quente. Aqueceu-me a alma. Chorei. Paguei a conta.

 

Ele perguntou se queria um táxi.

 

Sorri-lhe, em resposta, ainda por entre lágrimas:

 

Quero um foguetão que me leve deste planeta. É isso que eu quero!


Marina Ferraz




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terça-feira, 6 de maio de 2025

Debate à portuguesa

 

Imagem gerada por I.A.

Talvez a dimensão dos problemas de um país se veja pelas discussões mais comuns nas pessoas do seu povo.

Frequentemente, em narrativas de livros e filmes estrangeiros, nos cruzamos com as expressões de debate “a minha universidade é melhor do que a tua” ou “o meu trabalho é mais exigente do que o teu”, ou ainda “viajo mais do que tu”. O mesmo se faz com o exercício físico, o número de seguidores nas redes sociais ou o salário auferido: as pessoas olham as outras de cima, dizendo-lhes, com alguma malícia que perpetua os traços infanto-juvenis da troça, que fazem mais, que têm melhor...

Portugal tem muitos defeitos. Este, não é um deles.

 

Para que se consiga um debate sério, digno da World Universities Debating Championship é necessário que se fale de outros temas.

O primeiro – e talvez mais relevante e similar aos anteriormente mencionados – envolve sempre algures a palavra “Benfica”. Saltemos esse, porque não demonstra o que quero dizer. Quero falar dos outros debates. Aqueles que mostram bem a maravilha que é o nosso sistema de saúde, a qualidade da nossa habitação e o estado da nossa saúde mental.

 

Então vejamos:

Inicia-se a conversa. Como vai a vida? E logo salta uma resposta de três metros e muitos minutos sobre a doença não diagnosticada, que será avaliada por um profissional no dia de são nunca à tarde, porque as consultas no hospital estão a ser marcadas para daqui a dois anos. E pensar-se-ia que a resposta empática daria retorno. Só que não... em vez disso, saem mais duas doses de queixume do segundo interlocutor que, afinal, não tem uma, mas duas doenças de especialidades diferentes, e só vai ser visto no dia de são nunca à noite.

 

O mesmo acontece com as casas:

Então, casa nova?

É verdade.

E estás satisfeita?

Até estou, mas vou ter de trocar os vidros, porque entra água e há umas manchas esquisitas na parede, estou com medo que seja humidade interior.

Ah, provavelmente não é nada! Tu é que estás bem! Olha, eu tenho os tetos todos negros, entra água pelas janelas todas e até já os sofás estão a ficar podres. A canalização do prédio já rebentou na casa de uns três vizinhos, não tarda calha-me a mim! E a luz falta todas as semanas.

 

E continua para a saúde mental:

Já não te vejo há tanto tempo! Como estás?

Cá vou andando, um bocadinho cansada emocionalmente...

Mas então porquê?

Oh, provavelmente porque o trabalho anda mais escasso e as coisas lá em casa estão tremidas.

Ah! Isso não é nada! No último mês tive certamente menos trabalho do que tu, estou a divorciar-me e ele quer a guarda das miúdas. Faleceu o meu pai há dois meses e agora a semana passada foi o meu periquito.

 

Os debates em Portugal são o enaltecimento puro da degradação. Imagino o diabo com pipocas acabadas de fritar no fogo do inferno a assistir às nossas conversas como quem vê o Big Brother.

Falar do que vivemos e sentimos é quase sempre uma competição sobre quem está pior na vida. E culminam sempre com frases que indicam que outros, mesmo assim, estão mais aptos a ganhar a competição.

 

A minha casa é uma merda, mas ao menos tenho casa.

Custa, é verdade, mas vamos andando, que ao menos ainda estamos de pé.

Ainda estamos melhor do que Maria Constança. O filho dela teve um acidente na IC19, ouviste dizer?

 

E, de repente, não há um problema no mundo. Está tudo tranquilo. Estamos todos na maior...

 

Vamos beber uma imperial e comer uns caracolitos para a tasca, que hoje há jogo. E comprar uma raspadinha sem prémio, para nos queixarmos ao senhor Manuel que nunca ganhamos nada.

 

Discutiremos mais quando a outra equipa marcar.

Com a mesma tranquilidade com a qual nos queixamos da vida, sem ouvir o outro. Com a mesma apatia que nos leva ao queixume sem culpar nosso o sistema de saúde (paz à sua alma), a miséria da nossa habitação e a nossa inexistente saúde mental.

Isso. Discutiremos quando a outra equipa marcar.

Concordaremos aí, se formos da mesma equipa.

 

É outra coisa que nunca é boa em Portugal. Raios. Talvez o próximo orçamento de estado devesse dar algum dinheiro aos clubes para poderem fazer como antigamente... E comprar árbitros que sejam nossos amigos!

 

O senhor Manuel concorda, enquanto limpa dois copos. Votaríamos nele!


Marina Ferraz




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