Nunca vou querer menos do que o horizonte. Não posso querer menos do que essa eternidade imaginária onde, num segundo, se pode conhecer o Universo. Nunca vou querer menos do que o horizonte. Ele está sempre à minha frente, hasteando todos os meus sonhos, abrindo os braços para abraçar tudo o que um dia quis.
Talvez o horizonte não esteja mais perto. Isso não significa que nunca alcancei nada. Significa apenas que há sempre algo por atingir. E amo esses motivos que se mantém à distância de um olhar e me fazem dar passo após passo, numa corrida infinita rumo ao inatingível.
Não quero conseguir o que outros já conseguiram. Não quero ter os limites dos meus sonhos presos às limitações do meu corpo. Eu quero tanto quanto a minha imaginação permite: quero a felicidade plena desses milésimos de momento que, no fim de tudo, terão valido uma vida. Quero o sorriso rasgado. Quero as lágrimas compulsivas. Quero os abraços e os estalos da vida. Quero o encolher de ombros. Quero a queda. Quero o voo. Quero essa linha imaginária que permanece ali ao fundo, real e insensata, apenas porque está à minha espera.
Nunca vou querer menos do que o horizonte. Nunca vou querer desejar menos do que isso. Talvez os limites da minha vida estejam nos meus poucos riscos, nas minhas poucas loucuras, nas minhas tristes horas sem fazer mais do que tenho para fazer. Mas os limites dos meus sonhos estão em não haver limites. E quero o horizonte, sim! Sempre quis o horizonte. Hei-de o querer para sempre. E se, dando um passo, ele se afasta, isso não significa que não posso atingi-lo mas apenas que ainda não tentei o suficiente.
Quero ir onde ainda ninguém foi. Amar como ninguém amou. Rir até ser considerada louca. Chorar mil lágrimas, ainda que seja pela coisa mais ínfima. Levantar os punhos e lutar contra as tempestades. Ir passear à chuva. Mergulhar no mar de Inverno.
Quero fazer o que ainda ninguém fez. Sonhar mais alto que os céus. Cair mais fundo que o mais fundo dos penhascos. Aprender a voar, de asas abertas, pelo infinito de uma palavra.
Nasci para ser livre. E sou livre de sonhar. Livre de querer esse horizonte eterno e incerto que está sempre à distância do impossível.
Nasci livre e vou morrer livre: na liberdade de acreditar no amor, de acreditar nos sonhos, de acreditar em histórias para crianças e em seres fantásticos. Na liberdade de amar os Deuses como se fossem companheiros de viagem. Na liberdade de comentar com as fadas o quanto gosto das Estações da vida.
E nunca vou querer menos do que o horizonte. Porque amo poder querê-lo. Porque sonho poder atingi-lo. Porque, no fim de tudo, ninguém sabe se não é para lá que a nossa alma vai repousar, até estar preparada para ser livre mais uma vez.
Talvez o horizonte não esteja mais perto. Isso não significa que nunca alcancei nada. Significa apenas que há sempre algo por atingir. E amo esses motivos que se mantém à distância de um olhar e me fazem dar passo após passo, numa corrida infinita rumo ao inatingível.
Não quero conseguir o que outros já conseguiram. Não quero ter os limites dos meus sonhos presos às limitações do meu corpo. Eu quero tanto quanto a minha imaginação permite: quero a felicidade plena desses milésimos de momento que, no fim de tudo, terão valido uma vida. Quero o sorriso rasgado. Quero as lágrimas compulsivas. Quero os abraços e os estalos da vida. Quero o encolher de ombros. Quero a queda. Quero o voo. Quero essa linha imaginária que permanece ali ao fundo, real e insensata, apenas porque está à minha espera.
Nunca vou querer menos do que o horizonte. Nunca vou querer desejar menos do que isso. Talvez os limites da minha vida estejam nos meus poucos riscos, nas minhas poucas loucuras, nas minhas tristes horas sem fazer mais do que tenho para fazer. Mas os limites dos meus sonhos estão em não haver limites. E quero o horizonte, sim! Sempre quis o horizonte. Hei-de o querer para sempre. E se, dando um passo, ele se afasta, isso não significa que não posso atingi-lo mas apenas que ainda não tentei o suficiente.
Quero ir onde ainda ninguém foi. Amar como ninguém amou. Rir até ser considerada louca. Chorar mil lágrimas, ainda que seja pela coisa mais ínfima. Levantar os punhos e lutar contra as tempestades. Ir passear à chuva. Mergulhar no mar de Inverno.
Quero fazer o que ainda ninguém fez. Sonhar mais alto que os céus. Cair mais fundo que o mais fundo dos penhascos. Aprender a voar, de asas abertas, pelo infinito de uma palavra.
Nasci para ser livre. E sou livre de sonhar. Livre de querer esse horizonte eterno e incerto que está sempre à distância do impossível.
Nasci livre e vou morrer livre: na liberdade de acreditar no amor, de acreditar nos sonhos, de acreditar em histórias para crianças e em seres fantásticos. Na liberdade de amar os Deuses como se fossem companheiros de viagem. Na liberdade de comentar com as fadas o quanto gosto das Estações da vida.
E nunca vou querer menos do que o horizonte. Porque amo poder querê-lo. Porque sonho poder atingi-lo. Porque, no fim de tudo, ninguém sabe se não é para lá que a nossa alma vai repousar, até estar preparada para ser livre mais uma vez.
Marina Ferraz
*imagem retirada da Internet
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